quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crise?

Cada hora de voo assegurada pelos três helicópteros ao serviço do INEM em Macedo de Cavaleiros, Santa Comba Dão e Loulé custou, no último trimestre, mais de 5600 euros ao Ministério da Saúde, segundo a empresa que aluga estes meios.

Segundo Luís Tavares, director comercial da Helisul, empresa que aluga os três helicópteros em actividade ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), desde 01 de Abril deste ano, a factura apresentada ao Ministério da Saúde pelo serviço prestado em Abril, Maio e Junho foi de 1,3 milhões de euros.

Destes três meses de actividade, o MS já pagou os dois primeiros, revelou o responsável.

Neste período, adiantou a mesma fonte, estes três meios aéreos voaram 230 horas, o que representa 5652 euros por hora.

Em média, e nestes três meses, cada helicóptero custou ¿ voando ou não ¿ 433 333 euros, 4761,90 euros por dia e 198,41 euros por hora.

O contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Helisul prevê um pagamento fixo pela disponibilidade dos meios e um outro que depende da actividade, por horas de voo.

A empresa disponibiliza os meios, bem como uma escala assegurada por dois pilotos e técnicos de assistência.

Inicialmente, o Governo destinou uma verba de 20 milhões de euros para a prestação destes meios e serviços, entre 01 de Julho de 2009 e 31 de Dezembro de 2011.

No entanto, a disponibilidade destes meios aéreos foi sendo sucessivamente adiada, só iniciando o serviço a 01 de Abril deste ano.

Para este período ¿ que termina a 31 de Dezembro de 2011 ¿ a verba a atribuir (como teto máximo) é de 16 milhões de euros.

Segundo Luís Tavares, os helicópteros estacionados em Macedo de Cavaleiros e Santa Comba Dão são os que mais voam, tendo registado «muitas saídas».

A mesma fonte garantiu que não tem conhecimento de impedimentos de voo destes meios por falta de pessoal médico. Cada voo é assegurado por um médico e um enfermeiro e dispõe de tecnologia de Suporte Avançado de Vida (SAV).

Estes três helicópteros foram prometidos em 2007 pelo então ministro da Saúde, Correia de Campos, como contrapartida para o fecho de serviços de atendimento permanente nos centros de saúde e urgências hospitalares.

Além destes três meios aéreos, o INEM tem dois helicópteros, em Lisboa e Porto, de maior dimensão. Lusa

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