quinta-feira, 22 de março de 2012

Greve

JC:

em parte concordo com o que dizes.

Na minha opinião as greves são olhadas de um modo muito preconceituoso. Tanto é que o governo nem se deu ao trabalho de saber os seus núemros de greve. Diz que os vais saber pela folha de vencimentos quando os valores forem descontados. Quem faz serviços mínimos, ganha na mesma o dia, mas não entra assim nos números da greve. Um pseudo voto de confiuança nas políticas do governo. Nada mais falso. Fiiinos...

É um direito legítimo, constitucional.

Acho que em concreto, realmente se dá pouco importância às greves e às suas pretenções. Isto, porque legitimamente a margem não existe.

Mas, o substituto das greves para os poderes instalados existem: são as pressões ou os lobbies. Por exemplo, a TAP e CGD não precisaram de greve, mas usaram o seu homólogo. Acho que greves aos fins-de-semana seriam ainda mais inúteis, sinceramente. Seria o efeito, governo agora viaja em económica e não em executiva: tentativa legítima, show off, sem efeito prático.

Concordo que a greve seja hoje, e nunca às 6ª feira. Isso sim, seria sinal de irresponsabilidade, oportunismo. Tal com greves de 2 dias. Acho que as centrais sindicais fazem o que podem. São permanentemente chamadas a terreiro e estão sempre a par das dificuldades de qualquer empresa, qualquer ramo, norte a sul. Por isso, discordo dessa tua opinião sobre o seu papel. No entanto, a greve é o seu espaço máximo. E a sua ligação partidária, é um mal incontornável. Também preferia que assim não fosse, mas atribuo maior quota parte de culpa aos partidos e não aos sindicatos em si.

Mas digo-te que faço esta greve não pelo estado do país, porque isso é muito abstracto. Faço porque sou enfermeiro e desde 2000, que os enfermeiros não ganham de acordo com o que a lei manda. Isto, depois de enchermos os bolsos ao estado e privados com propinas de complementos. Ganhamos a esmola mínima. 1000 euros, que leio como a sopa dos pobres, para licenciados de 4 anos, cm empregos de risco e repsonsabilidade. Ponho a vida em risco de radiação no meu serviço e não ganho nada com isso.

Outra razão é oculta no manifesto da greve. Vale de nada. Mas utilizo a única arma que tenho (a seguir ao voto que acho cada vez mais inútil) para me manifestar contra os compadrios dos casos parque escolar, metro, carris, cp, lusoponte, galp etc. Esse monopólio do país, em carruagens de favores.

Por isso faço greve. E trabalho de forma igual. Mas é a esperança que tenho que a minha voz chegue lá. Mais tade direi, "fiz o que pude". Não é o teu caso, mas há muita gente não solidária, que até vai bem com a sua misera vida de 1000 euros e que julga quem ganha 400 e faz greve (menos um dia de trabalho). Acho que pimenta no traseiro da Luciana Abreu é doce no meu prato. Como não me toca a mim, não vale pena a greve...
é para os preguiçosos.

P.S. Penso mudar o meu voto para a Esquerda mais Esquerda. Tudo porque é sempre igual. Há sempre telhados de vidro. Queria por um lado, um Marinho Pinto no poder. E só o haverá à Esquerda.

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