Caros parolídeos, boa tarde!
Em tempos de crise económica o ser humano tem por vezes de se adaptar à nova realidade mais severa, nem todos os seres humanos são multi-milionários para não o fazer! A falta de dinheiro leva muita gente ao crime, assaltos estão sempre na ordem do dia, se estes forem bem sucedidos, além de uma ganho de dinheiro abrupto, a carreira na política fica cada vez mais perto.
Outros seres humanos mais desajeitados no que ao crime diz respeito, não têm grande escolha a não ser ir a Fátima a pé!
Este blogue que tresanda a humor negro e cigano, tem por vezes aquilo que muitos frustados do crime denominam de dimensão humana e social, portanto para os mais desajeitados, resolvi recorrer à experiência de vários peregrinos para compilar conselhos, conhecimento e receitas para se chegar a Fátima a pé.
O desajeitado parte então da sua Terrinha em direcção a Fátima, lá para os lados de Leiria, se o grau de desajeito para com a vida for elevado, por exemplo um suicida, o meu conselho é entrar pedonalmente na A1 e calmamente deixar-se andar....
O desajeitado normal, deve fazer-se acompanhar de um grupo de amigos/familiares para que nos momentos mais difíceis alguém dê uma mãozinha, e não me refiro só a alguém que nos masturbe, refiro-me também a um ombro amigo que nos ombrei a genitália e a uma prima que nos aconchegue os lábios à volta do pescoço num símbolo de compaixão e desdém para com a incompreensão.
A moca é essencial para nos apoiar, o peso do corpo humano nem sempre se resolve a vomitar. Por cada dia de viagem pelo que os escuteiros da minha freguesia me contaram, 10 cacetes serão suficientes para a moca.
A força anímica é um bem essencial, contratar aquela menina do anúncio do "Dança, dança...dança, dança...dança, dança..." e pedir-lhe para que de kilómetro em kilómetro apareça por trás de nós, é um execelente meio motivador para andarmos até a deixar de ouvir!
Os pés serão o elemento mais fraco do nosso corpo, as bolhas aparecerão, tentarão vencer-nos e não vale a pena pormos as culpas nos árbitros ou na austeridade ou na Merkel, os pés são nossos! Em cada ponto de apoio ao desajeitado, parar é importante, dar desanso aos pés é uma imposição. Desistir será a saída mais fácil, parar o tempo um segundo, pensar na imensidão de gajas boas e primas que usam saltos altos capazes de amputações para se aprimorarem para que nós homens mantenhamos a tesão no sítio certo, será certamente suficiente para pormos os tomates em direcção a Fátima.
Bebida e comida, a esta altura do campeonato nem me preocupo muito com vocês, se no 1º de Maio foram cedo ao Pingo Doce deverão ter comida e bebida suficientes para levar , se tiverem ido tarde, ouvi dizer que o CIF congelado faz lembrar o Calipo e barrado nuns pãezinhos da avó parece manteiga com sabor a limão.
De resto lembrem no que o Passos Coelho disse, se estão desempregados, esta pode ser a vossa oportunidade para se tornarem uns grandes maratonistas!
Vão em paz e que ao menos o Senhor vos acompanhe porque ir sozinho numa viagem destas deve ser chato, imaginem que têm de ir cagar atrás de uma árvore e não têm ninguém para ficar a tomar dos mirones!
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