quarta-feira, 11 de julho de 2012

Se o meu país fosse um festival de Verão.

Se o meu país fosse um festival de Verão teria de ser um festival velho, com história, com mística mas que na realidade vive à sombra de glórias passadas muito distantes. Seria portanto o Vilar de Mouros.

Teria um recinto pequeno, mas aconchegado.

Não haveria seguranças, nem fiscalizações à entrada. O pessoal dar-se-ia todo bem. Desde technos a metaleiros. Tudo em harmonia. Na mesma tenda, comeriam bifanas metaleiros, technos, pops, new waves, easy earings, pan pippers, fadistas, experimentalistas, etc. Até o Mr. Jeccus partilharia o molhos da sua bifana com um belo exemplar hip hopper, cuja opinião sobre estes últimos não roça a meiguice, nem a léguas. (Cuidado: descarga de um camião de eufemismo sobre o terreno onde pisa este post.)
Seria um festival onde reinaria o conceito mais bem empregue sobre o nosso belo canto. Reinaria a "nacional-porreirice"!!!

A nível de comida não haveria pizzas, nem hamburgueres nem pastas à la minute. Apenas sandes, fêveras e sardinhas. Alguns couratos e caracóis para o pessoal lá debaixo e sarrabulho em número bastante elevado de moles, para o pessoal do Norte. ("em número bastante elevado de moles" - embrulha Valença, faz melhor.)

Bebida: finos. Qualquer pedido de licor beirão seria corrido à pedrada. Ou então qualquer pedido de whisky bom. Só haveria Higland Clan: "for true scoth lovers". Em S.O.S. haveria leita, meio gordo, mas não pasteurizado. Alguns amantes de boa música, gostam de intercalar whisky com leite. Não posso dizer mais nada.

As pessoas dormiriam em espectaculares casas feitas de feno. Ou seja, grande aparato mas com fraca infra-estrutura...um problema de sustentabilidade...

Quanto às bandas...apesar de muita escolha, colocaria Paco Bandeira. Porque o caso de uma figura pública com um passado tenebroso, escuro, vendendo uma imagem gasta até à exaustão pelos subterfúgios da justiça, parece-me "neo-portuguesismo-vedetismo". Uma vedeta sem um caso destes não é vedeta. Eu não sou leitor assíduo da Maria, nem da Mariana, nem da Teresa, nem da Joana. Mas sei de algumas figuras públicas com telhados de vidro (não da Marinha grande, bem mais fraco) que o comum dos portugueses tesos não tem.
José Carlo Pereira: drug addicted
Carlos Cruz: pia case
Teresa Guilherme: namorou com um E.T. de quem teve 3 filhos
Alexandra Lencastre: não namorou comigo
Bárbara Guimarães: troucou Jean-Paul Sartre por Carrilho
José Raposo: namora com a neta
Filha do Vítor Norte: drug addicted
Goucha: violência do namoro
Gajo da ala dos namorados: violência do namoro
Castelo Branco: namorou com uma mulher (wtf???)
Betty Grafstein: mantém caso com o Metal, mas não aprova botânicas inovadoras.

Por tudo isto, Paco Bandeira é o símbolo máximo do vanguardismo pop e cultura pop nacional.

Oeiras alive: prepara-te...




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