Quem me dera ser um libelinha
Voar apressadamente em direcção a ti
Snifar coca por uma linha
Quiçá fazer abanar o Haiti
Quem me dera ter quatro rins
Beber cerveja como se não houvesse o amanhã
Urinar tudo em cima de quaisquer uns berbequins
Sair impune e lambusar-me com uma tarte de macã
Há dias em que sinto muita sede
Sede de cultura, de arte e de cerveja
Vou de vez em quando à igreja
Bebo vinho, whisky, fodo-me contra uma parede!
No dia a dia, só ouço falar de crise
Tristeza, embaraço, aldabrice e gatunagem
Sento-me e fumo esse na minha marquise
Penso onde raio o Sócrates desencantou a camuflagem!
De salvador da pátria, sério e licenciado
Mas por mais parvo e estúpido que o idealize
Tenho pena, nem o Infante quis ser seu namorado!
4 comentários:
É-pi-co!
Até me vieram as lágrimas aos olhos.
"Urinar tudo em cima de quaisquer uns berbequins
Sair impune e lambusar-me com uma tarte de macã".
Uma obra eterna.
Hás-de repousar no panteão, Jeco...
Jeco, e comprares uma pala para o olho direito?lol
Grande!lol
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