quarta-feira, 21 de julho de 2010

Momento poético-parolítico: "Os meus rins secretam urina mesmo em crise"

Quem me dera ser um libelinha
Voar apressadamente em direcção a ti
Snifar coca por uma linha
Quiçá fazer abanar o Haiti

Quem me dera ter quatro rins
Beber cerveja como se não houvesse o amanhã
Urinar tudo em cima de quaisquer uns berbequins
Sair impune e lambusar-me com uma tarte de macã

Há dias em que sinto muita sede
Sede de cultura, de arte e de cerveja
Vou de vez em quando à igreja
Bebo vinho, whisky, fodo-me contra uma parede!

No dia a dia, só ouço falar de crise
Tristeza, embaraço, aldabrice e gatunagem
Sento-me e fumo esse na minha marquise
Penso onde raio o Sócrates desencantou a  camuflagem!
De salvador da pátria, sério e licenciado
Mas por mais parvo e estúpido que o idealize
Tenho pena, nem o Infante quis ser seu namorado!

4 comentários:

Metal disse...

É-pi-co!

_Colado_ disse...

Até me vieram as lágrimas aos olhos.

Escala-te disse...

"Urinar tudo em cima de quaisquer uns berbequins
Sair impune e lambusar-me com uma tarte de macã".

Uma obra eterna.
Hás-de repousar no panteão, Jeco...

hikawa disse...

Jeco, e comprares uma pala para o olho direito?lol
Grande!lol