Caros parolídeos venho por este meio, fazer vingar palavras e não actos. De certo modo será um acto vingado em palavras, no entanto sem nunca fazer uso de provérbios ou monossilábicos.
Em tempo idos, antes da crise tomar conta de portugal, as tunas revestiam-se de pompa e circunstância, e chegavam a contratar músicos profissionais de renome para engordar as suas fileiras com o colesterol HDL, aquele que é bom, mas que é fodido de encontrar num cozido à portuguesa. Numa dessas investidas no mercado, a TAESJ (na altura assim se denominava) estando bem cotada pela Moodys conseguiu contratar talvez o melhor tocador de pífaro da actualidade, e não não era chinÊs, era bem Português e tinha de seu nome Escala-te!
Escala-te formado na casa pia, em pífaro de nível III, algo equivalente ao doutoramento honoris causa de Mário Soáres, era uma promessa ambulante do pífaro nacional e internacional. Mas engane-se quem pensa que a TAESJ teria então uma mudança radical no seu som, ficando mais hardcore-progressivo com a adição do pífaro, Escala-te um dia alcoolizado tropeça num bandolim e começava aqui uma história de amor e sucesso.
Por mais estranho que pareça, um tocador de pífaro profissional trocar o pífaro por um bandolim, não estranhem, pois se há um Sócras em paris a gastar 15000 euros por mês, então qual é o problema disto acontecer? nenhum....pois claro....
Escala-te seria o rei do bandolim, ganhando prémios atrás de prémios, um dia seria eleito Magister daquela tuna, seria um líder ao estilo de António Guterres com uma costela de Pomba Gira.
Mas como em tudo na vida, há mudanças e Escala-te foi contratado para tocador de bombo na banda dos Bombeiros Voluntários da Lixa e desde então nunca mais foi visto...
É pena perdeu-se um bom tuno, ganhou-se um bombeiro....
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