terça-feira, 15 de maio de 2012

Futebol total.

Caro Valença:

faz-me um grande favor, já que eu raramente tos peço. Permites-me que discorde da tua táctica?

Parece-me nítida a influência queirosiana na tua concepção de jogo nas mais variadas vertentes: táctica, estratégia e modelo. Tal como a influência de Queiroz na selecção não deixou boas memórias, temo que o teu dedo na equipa se resuma a uma filosofia técnica sem repercussões nos placards dos estádios mundo fora.

Creio que é um desperdício a colocação do Jeco no centro. Ele representa bem o que esquerdismo tem de melhor. Talvez o adaptasse à Esquerda, fazendo todo o flanco, ferindo de morte a direita adversária, e mesmo achicalhando quando em vez o centro. Abrindo Portas a torto e a direito, nem que para isso uso a porta dos fundos. Aliás, tal como será do agrado de ambos.

Reservo o lugar de central ao C8s. Porque tem belos caracóis, qual Valderrama, Witsel ou Cadete. Ele sim, o jogador que parece estar sempre ausente, que não se nota em campo, mas que realmente ajuda a fazer 11.

O Metal colocaria na direita. Tudo por causa da sagacidade dele em progredir, mas efectuando sempre marcha-a-ré nos comentários. Ele que segundo o Melão e o Calado, será o mais rápidos nos marchas-as-rés. No entanto, um concurso em casa do Calado, diz-se que o Metal ficou em segundo, ficando assim com um grande m(M)elão...E no fim, ainda triste, ficou sem pio...c(C)alado.

A central preciso de um homem com opinião sobre todos os lances, mas que no entanto não tem opinião. Um jogador que não seja nem rápido nem lento a responder, pelo contrário. Mãos e pés grandes. Um traidor dos avançados e dos avanços alheios. Judas. E forte....muito forte nas bolas pelo ar...é o mais aéreo...

Valença. O matador da equipa. Sempre pronto para dar a estocada final. Seria o nosso João Tomás. O homem a quem a idade não soma números, mas kilos de experiência. O homem cujas opiniões e fintas ludribiam tudo e todos, não se sabendo ao certo que o veneno que empresta às palavras é para adoçar o marcador, ou para trair  e marcar a dor. Um forte pé esquerdo e um menos fraco pé direito. Um democrata cristão, que pisca o olho ao islamismo, e abre Portas ao Judaísmo (para progredir no terreno e com os seus grandes pés fuzilar o mais vil inimigo. Grande André!!!)

O Hicawa César seria o jogador que dá apenas o pontapé inicial. Lança o blogue e desparece. Seria o abre latas que abriria as defesas adversárias, mas que já não estaria lá para as fechar. Um desvirginador cruel, do mais fiel sistema adversário. E também entraria para ir à barreira levar com as bolas e balas inimigas, uma vez que ainda consegue ser mais espanhol que o Mira Conho Valença Estrado.

Eu, capitão de Abril seria um livro aberto ao vosso desejo. As minhas qualidades de estratega, organizador, pensador, filósofo do futebol, iriam consubstanciar-se nos vossos desempenhos. Seria o Dalai Lama da equipa...o Schopenhauwer (?) do time....o Cavaco Silva do balneário...o João Jardim do nosso micro mundo...seria um violino no meio dos instrumentos de sopro...e que sopro...um capitão...Um Salgueiro Maia nas matas do inimigo...quando o vosso tiro falhasse, estaria lá o meu ombro amigo para vos confortar...tudo em prole de um futebol melhor, de um blogue pujante. E claro, teria sempre uma bela cesta de fruta. Não para vocês claro!

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