Caros parolídeos.
Fui convidado, muito cordialmente, por responsáveis pela AEOP, Associação Portuguesa Enfermagem Oncológica, para participar na sua reunião anual. Este ano, a 5º.
A reunião teve lugar no Curia Palace Hotel.
A viagem para lá decorreu bem. Estive calmo e colaborante. Orientado no tempo, e às vezes no espaço, razão pela qual, mantive o meu próprio plano de cuidados.
Entro no Hotel de forma igualmente calma, uma vez que possuo integral independência no autocuidado põe-te a mexer.
O meu espanto quando afinal me deparo com um Pingo Doce, dentro do próprio Hotel.
As bancas da publicidade médica estavam completamente repletas de Enfermeiros famintos, quer pela melhor caneta, quer pelop melhor bloco de notas. Uma luta titânica, que faria diminuir o diâmetro testicular de Spartacus, Aquiles, Alexandre o Grande, Tartaruga Genial, Corvo Genial, Tom Pai Pai, Frizer, Cell, Skelator, Optimus Prime, Marco Big Brother, Ministro Manuel Pinho, Michael Thomas (reformado atleta futebol SLB) e mesmo da Padeira de Aljubarrota. Poderei incluir aqui também o de Paco Bandeira, mas admito correr o risco quer de errar, quer de levar na minha bastante apetecível fuça.
Agora consigo perceber o que é que algumas pessoas sentem quando apenas querem 5 kg de carne por 1 euro. O sovaco de idosa, o hálito putrefacto de trabalhadoras sexuais de Moscavide (alvo de constantes etnografias sociológicas de Mr. Jeccus) e mesmo os bigodes lamacentos de certas trabalhadoras da área das pescas, são apenas meros pinos a contornar para se atingir o fim: num caso o da carne e neste em concreto de material didático gratuito para apodrecer em casa, ou para embrulhar no Natal e oferecer aos sobrinhos chatos.
O enfermeiro, é uma espécie que creio poderia muito bem lutar pelos primeiros lugares aos domingos, nas ofertas do Jerónimo Martins.
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