quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mera cirurgia estética ou puro exterminio de um povo?

Portugal era um pais lindo, orgulhosamente só. 

Certo dia, conheceu os seus vizinhos, europeus, bonitos e ricos e juntou-se ao grupo. Como qualquer novo membro, Portugal passou a adoptar o estilo de vida do grupo, usufruindo de certos hábitos e vícios que eram plenamente aceites no seu seio. Este grupo viveu inúmeros anos ganhando a vida no mundo da moda, fazendo sessões fotográficas, desfiles fashion e campanhas publicitárias, rentabilizando assim a imagem do próprio grupo. Como Portugal era pobre e os seus amigos Europeus nem por isso, Portugal viu-se obrigado a contrair empréstimos, para assim continuar nesta senda, da alta costura e do consumismo desmedido. Ficou com uma grande divida.

Num dia qualquer, os padrões de beleza mudaram. Vários membros do grupo passaram a ser feios! Portugal, foi um deles.

Iludido por um dos membros do grupo que ainda era aceite como sendo bonito (a Alemanha), Portugal, foi incentivado a fazer um ajuste estético, para não ser obrigado a abandonar o grupo e assim continuar a sua vida pródiga e ostentatória.

O Grupo clínico do PSD/CDS, liderado pelo Dr Passos, ofereceu os seus serviços. Propunha uma cirurgia estética baseada na lipoaspiração, com promessa de melhor aspecto estético, o qual se repercutiria numa vida mais saudável. Os Portugueses assinaram o consentimento.

Em pleno Bloco Operatório, a equipa de cirurgia plástica liderada pelo conceituado cirurgião Dr Gaspar, rapidamente entrou em acção. O bisturi de Gaspar, que inicialmente executou golpes superficiais, rapidamente foi progredindo nos tecidos: epiderme, derme, tecido subcutâneo tendo inclusive, e penso eu que extenuado pela mora desta cirurgia, atingido vários músculos fulcrais. Dotado de alta tecnologia, e sempre sem abandonar a sala de operações, Gaspar, frequentemente envia relatórios para Passos, que no exterior os faz seguir para o amigo bonito da Europa, a Alemanha. Da Alemanha, a indicação é que o peso de Portugal ainda não se encontra suficientemente baixo, e as medidas parecem não ser as desejadas. A indicação é para continuar...

O cenário é o seguinte: Portugal está no bloco, anestesiado, em coma induzido, com perdas de sangue que mais parecem hemorragias e recebe apenas esporádicas transfusões do serviço da Troica, que apenas servem para manter os sinais vitais estáveis, impedindo a morte em plena cirurgia.

Sem mais onde cortar,
a equipe médica vê-se impotente,
a unica forma é amputar, 
mas há um inconveniente.

A constituição não o permite,
é necessário ser alterada,
uma maioria de 2/3 dos deputados
e a refundação será executada.

Será este o caminho para Portugal? Já pensaram em acordar o povo do coma e perguntar-lhe se realmente está disposto a assinar este novo consentimento? 
E já agora, já repararam que o menino bonito da Europa, que seguimos inveteradamente tem antecedentes sanguinários históricos. 

In Histórias verídicas, literatura faminto-juvenil, que ninguém irá ler no futuro devido ao decréscimo exponencial da taxa de natalidade em Portugal.

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