sexta-feira, 21 de março de 2008

Uma esquizofrénica entrevista entre Cagalhão-América e uma garrafa de soro

Boa noite, estamos de volta para mais uma grande entrevista, esta semana temos connosco uma figura notável do nosso sitema judicial, o herói Cagalhão-América.

Garrafa de soro: Boa noite Cagalhão-América, muito obrigado por ter aceite o nosso convite para estar aqui hoje, para esclarecermos algumas pessoas lá em casa sobre o que se está a passar nas cadeias portuguesas.

Cagalhão-América: É um prazer, mas pensei que vinha falar sobre a flora bacteriana da vagina da Carolina Salgado. Mas estou disposto a responder às suas perguntas.

Garrafa de soro: Muito bem então. O que acha do facto de um pacote de batatas fritas médio custar no Bangladesh mais 50 cênt do que o mesmo produto em Portugal? Há quem o acuse desta diferença absurda, o que tem a dizer.

Capitão-América: Bom, é falso. Nunca tive nada a ver com esse pacote, não o conheço pessoalmente ao não ser das revistas cor-de-rosa, embora já tenho tido sexo com aipos, feijão fradinho e courgettes. Mas com batatas nunca.


Garrafa de soro: Compreendo, no entanto fica a suspeita. De qualquer forma, o que acha do facto de uma garrafa de soro falar?

Capitão-América: Bom, quanto a isso não posso pronunciar-me uma vez que ainda se encontra sob segredo de justiça. Contudo, reclamo para as garrafas de soro os mesmos direitos que para os tubos de nebulização, mas só o Engenheiro Sócrates ainda não viu essa grande injustiça. É lamentável termos nos dias que correm garrafas de soro com pensões de sobrevivência miseráveis, assim como alguns espéculos vaginais mas sobre isso falará em conferência de imprensa Jeco IV, o Inergúmeno.

Garrafa de soro: Segundo pesquisa que fiz, o Cagalhão-América é oriundo do Dafundo, verdade?

Cagalhão-América: Não sou, senão chamar-me-ia Cagalhão-Dafundo. Na verdade tive origem num jantar de esparguete com frango com cenoura e pimentos ao qual se juntou uma sandes de queijo, no intestino de um político. Sou aquilo a que se pode chamar a "feze".

Garrafa de soro: É no fundo uma parva, talvez interessante, mistura de merda.

Cagalhão-América: Prefiro que me vejam como uma coligação de várias facções para defender os direitos de quem precisa, fui sindicalista e durante muitos anos defendi os interesses das fezes em Portugal. Ainda hoje assistimos a fezes que são lançadas directamente para o esgoto sem que lhes sejam pagos os seus retroactivos, é lamentável.

Garrafa de soro: Não acha sádico, talvez um pouco bíblico, defender os direitos das fezes que não têm voz?

Cagalhão-América: As fezes nunca tiveram voz porque não têm boca. Mas acho mais ignóbil guardar urina num frasco transparente e pô-lo ao sol até que azede para servir como vinagre caseiro, e no entanto isso acontece no nosso país. E aos olhos de todos.

Garrafa de soro: Muito bem, chegamos ao fim do nosso tempo, espero que tudo lhe corra bem e também espero que a sua mãe venha a sofrer de uma doença em que o esfíncter anal se fecha não podendo mais ser utilizado para satisfazer as fantasias sexuais dos seus clientes. Muito obrigado.

Cagalhão-América: Obrigado eu, se tudo correr bem vai acabar por fechar, mas temos sempre o meu ânus que já é da casa, é de uso-fruto. Bem hajam.


(Ficou-me a doer a cabeça de tanta merda que escrevi, desculpem ter sido clemente, talvez até um pouco demente)

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